sábado, janeiro 28, 2006

sabe aquela vontade que eu falei? pois eh. sumiu. mas eu acho que volta, ou nao. bleh.

sexta-feira, janeiro 27, 2006

[resolucoes e resultados]

a sensacao de dever cumprido eh realmente satisfatoria. um dever cumprido. o maior deles, alias. mas eu paro e penso. eh esse dever que eu quero? nao vou mentir. quis (e muito). porem, vou mentir se disser que, atualmente, meu dever segue essa linha. porque nao segue. o outro dever eh mais subjetivo. cansei de ser objetiva. fui um ano inteiro objetiva. deu certo? deu. mas quando se trata de sentimentos, ser objetiva eh ridiculo. tao ridiculo quanto esse dever que anda a atormentar minha cabeca. tao ridiculo quanto a minha vontade dilacerante de ver seu sorriso plantado na minha frente. tao ridiculo quanto a minha espera. nao devia esperar. mas eu nao consigo nao-dever. porque eh exatamente esse meu dever. pensar em voce. pensar no que nao aconteceu. pensar num jeito de te ver ali. alcancavel. paupavel. perto. e que estupida eu sou. eu posso querer. eu posso tentar. eu posso me iludir. mas te controlar, jamais. e isso me irrita profundamente.
quero brincar de marionetes. quero sentir o prazer de mandar. quero sentir o que nao se sente. quero experimentar o que nao se experimenta. quero entrar num caminho novo. quero me perder no nada. no infinito. e sem rodeios: quero dancar eh no seu pensamento, e ponto final.

quinta-feira, janeiro 19, 2006

[sonhos]

o mesmo conforto quente e aconchegante. os mesmos sussuros leves. o mesmo toque dilacerante. a mesma sensacao vazia que descreve tudo. os meus sonhos estupidos que trazem voce pra mim.

terça-feira, janeiro 17, 2006

[mais]

Vou gritar ateh nao conseguir mais. Quando cansar, vou socar o travesseiro ate nao querer mais. Quando enjoar, vou ficar quieta ateh nao querer mais. Quando resolver, vou chorar ateh nao querer mais. Quando desistir, bem, daih, sem mais.

segunda-feira, janeiro 16, 2006

[vas filosofias a cerca do amor]

Amor. Assunto batido demais. Mas sempre alguem tem algo novo a acrescentar, ou nao. Nao digo que eu tenha mesmo algo de interessante para filosofar. Sao impressoes. E impressoes, as vezes, valem bem mais do que qualquer tese de doutorado.

Nao vim aqui para escrever poesias dignas de quinta série, nem contar uma fabula fantastica digna de disney. Nao, nao. Vamos fugir de mesmice (e por que nao palermice?) do amor romantico do seculo 19. Chega do amor mocinho. Chega. Cansei. Amor eh uma bela de uma facada nas costas. Pronto. Nao que ele provoque hemorragias internas, ou perfuraçao de orgaos vitais. Nao me refiro aos danos fisicos, mas aos psicologicos. Nesse ponto a dor eh a mesma. Aquela dor folgada. Que vem aos pouquinhos. Que estrangula devagar. Dor inconsciente. Dor estupida.

E logico, se ela eh uma dor estupida, estupidos primeiros somos nos. Alguem disse que um amor soh eh grande se for triste. Deve ser verdade. Porque saimos caçando esse sentimento mesquinho por aih. Fazendo um esforço descomunal para gostar. Deviamos escrever um ode a tortura, porque eh disso que gostamos. Gostamos do martirio e do papel divino de vitima.

Para ilustrar, acompanhemos a historia generica de um (a) amante sofredor (a) classico (a):

1) Geralmente a pessoa nao gosta de ninguem, mas sente necessidade disso. Nao pode se contentar com o amo- proprio e nem com o bem-estar, porque isso é "chato". (note a tendencia para o auto-flagelamento surgindo no intimo do individuo)

2) Munido (a) de muita força de vontade ( ou de uma vontade gritante de sofrer) ele (a) sai a procura de um (a) suposto (a) pivo do vilao maior chamado amor. E essa procura, diga-se de passagem, eh incansavel e deveras exaustiva. Mas tudo bem. Porque nesse ponto o objetivo maior e primordial eh encontrar o famigerado sentimento. (note a empenho obssessivo para adquirir o perfil sofredor de um (a) amante classico (a))

3) Encontrada a pessoa certa, segue-se uma serie de sintomas dignos de doenças fatais. Cegueira momentanea, tonturas mentais, desligamento central, sudorese, insonia, estress continuo, irritaçao com familiares, necessidade de estar sozinho, devaneios noturnos (...), entre outros que variam conforme o individuo. (note e pasme, ele (a) foi realmente atras disso tudo. mas, como eh amor, ninguem fala nada. ah. pelamordedeus, se fosse uma uma tuberculose auto-adquirida, todos estariam chocados.)

4) Como o indivudo em questao eh um sofredor classico, vamos admitir somente uma hipotese. A da divina desilusao. Pronto, ai estah. Chegamos ao apice! Dores profundas no peito, falta de apetite, insonia prolongada, devaneios matutinos, vespertinos e noturnos, suspiros insistentes, depressao profunda. (note a sindrome da fossa escura, companheira inseparavel do amor, mostrando seus sintomas fetidos.)

5) Aqui, nosso (a) companheiro (a) irah atingir o ponto supremo. Depois de noites sem dormir e dias inexpressivos. Depois de quilos a menos e de horas testando seu discurso, nosso (a) sofredor (a) classico (a) ira tomar satisfaçoes com o bode espiatorio da historia (sim, porque os verdadeiros culpados sao o proprio (a) sofredor e o maldito amor) . No meio de suas palavras ensaiadas e frases feitas, surge aquela que é o climax: "voce me odeia ou simplesmente me ignora?" Strike. isso sim eh uma obra de arte digna de qualquer obra shakespiriana. (note a perda de noçao e de senso critico do (a) amante sofredor (a))

6) Como estamos ilustrando necessariamente o caso do (a) sofredor (a), soh admitiremos uma resposta. Nao o "odeio" nem o "ignoro", mas sim o "odeio E ignoro".
A saga foi cumprida e irah perdurar ateh que outro bode espiatorio apareça. Porque o amor nao desiste facil. Estah sempre pronto para dar-lhe uma facada nas costas, ou duas quem sabe.

Encerrando a minha tese, concluo que eh melhor comprar um chicote e se auto-flagelar, ou entao auto-adquirir uma tuberculose. Porque essa pelo menos tem cura.

sexta-feira, janeiro 13, 2006

[mentiras, enganos, hipoteses]

Entao voce para. Diz que vai esquecer. Jura por deus-do-ceu que nunca vai voltar. Obvio que nunca eh muito nunca para qualquer pessoa. Quando voce menos espera, tcharans! La estah sua consciencia a lhe trair. Muito baixo da parte dela, eu diria. Voce, entao, iludido, começa a acreditar na doce mentira de que mudou. Ou entao naquela hipotese remota que tenha tudo sido um engano. Besteiras. Falacias baratas. Ninguem mudou. Ninguem voltou atras.

[palavras, palavras, blablablas]

As vezes, ate eu me canso dos meus blablablas. Nao dos textos, mas dos blablablas mentais que, definitivamente, nao querem calar. Estupidos blablablas. Geralmente falam do mesmo e desgastado assunto. Blablablas: imbecis dramaticos baratos. Vou viver procurando bleblebles, ou blibliblis, ate (quem sabe) os feios blobloblos, e por que nao blublublus? Porque, certamente, eles sao menos incovenientes que os (idiotas) blablablas.

quinta-feira, janeiro 12, 2006

[volta, arrependimentos e hesitacoes]

Poucos voltam. Alguns se arrependem. Outros so olham pra tras. Eu fiz as tres coisas. Voltei para as palavras. Nao que as tenha deixado algum dia. Arrependi-me de nao ter vindo antes. Nao que faltasse vontade. Olhei para tras e senti saudades. Nao que tenha sentido antes.

[sonhos, promessas e ilusoes]

E eh. Ai vou eu. Me segura? Acho que nao. Ninguem sabe como eh, ou ate saibam. Mas doi tanto que ninguem quer contar. Sufoca tanto, que ninguem consegue falar. Nao vou pular. Tenho medo de altura. Nao vou me jogar, sei que nao irao me esperar la embaixo. Talvez alguem espere, mas e dai? Nao faz diferenca se nao for o todo. Esse todo infimo e mesquinho. Um faz diferenca. Ainda mais se esse um for justamente aquele um. Aquele que ja falei. Aquele que sabe que eh o um, mas finge que eh nenhum.

Prometo que um dia pulo. Mas nao hoje. Mas nao amanha, nem semana que vem. Confio em voce, mas nao no um. Ele eh distraido, pode nao me notar. Entao eu vou sentar. Vou mexer os pes de modo infantil. Vou cantar qualquer coisa que lembre coisa qualquer. Vou sentir a ausencia me estrangular devagar. Vou cansar . Vou fugir. Vou esquecer. Vou desgostar. E o um vai ser so mais um. Bem onde ele queria estar.